Pages

4 de jun. de 2010

Nostalgia



Saudade é lembrar, é não esquecer.

Saudade é ouvir aquela música e imediatamente passar um filme na sua cabeça.

Saudade é abraçar o travesseiro e imaginar que é ele.
Saudade é sentir o seu cheiro mesmo que ele não esteja.

Saudade é um sentimento que invade a alma, que dói o peito.

Saudade é contar os dias, horas e segundo pra ver quem se ama.

Melhor que sentir saudade, é poder acabar com ela, e senti-la novamente toda vez que vermos quem amamos ir embora.


Luanne Queiroz.

3 de jun. de 2010

Quem tem medo de vampiro?

Pés descalços, vestidos rasgados, cabelos longos... e um olhar misterioso.
Disseram-me que ela costuma despertar desejos nos homens, e ódio nas mulheres. No início confesso que nem eu entendi, como pode ser, uma mulher tão maltrapilha, provocar tamanho alvoroço.
Era algo mais, alguma coisa mais forte que todos, inclusive que eu própria.
È como se quando ela passasse, o mundo parasse para vê-la caminhar, tão imponente, tão sedutora.
Era noite de dezembro, e lá estava ela, no mesmo lugar, sozinha, como se não precisasse de mais nada, a não ser da lua que a iluminava, mais um dos muitos rapazes sentou-se ao seu lado, e a chamou para tomar um drink... só poderei amanhã, essa sempre era a resposta, e eles sempre se contentavam, adoravam.
Lugar e hora combinadas, tudo estava pronto... perfume, roupas elegantes, e o que não poderia faltar, desejo, muito desejo.
Boca vermelha, salto alto, longos cabelos lisos, era a mulher mais linda que ele já tinha visto, e disso não tinha dúvidas.
Nada falava, e isso só aumentava a tensão daquele rapaz, pobre rapaz. Deixou-se levar pra onde o mesmo queria, e chegando lá...
Chegando lá, ele teve a noite mais deliciosa, mais marcante de sua vida... depois de todo prazer, ela pergunta-lhe. - Satisfeito?
- sim, foi... ela tocou-lhe a boca, pra ele calar-se, e disse-lhe ao seu ouvido - que bom, porque eu... eu não estou, não ainda.
as luzes apagaram - se novamente, e ela desapareceu, levando consigo, o sangue, a alma, e o coração daquele garoto... perguntei - lhe se acabou por aqui, e ela respondeu-me que esse só foi mais um, dos muitos que virão.

Esse é um segredinho nosso, e eu sei que você vai guardá-lo muito bem, até porque você não quer que ela faça-lhe uma visita, quer?

Luanne Queiroz.

2 de jun. de 2010

A love story.

E foi assim...
Depois de poucos, alguns, milhares de olhares de desejos, que tudo aconteceu.

Ele não passava de um mistério para ela, o tipo certo de garoto errado que ela sempre quis ter, talvez fosse só capricho de menina, mas o que ela sabia é que ele de alguma forma a encantava.
Dedos rápidos, olhos atentos, coração na boca, era algo mais forte, tão estranho, tão errado.
Era Sábado e a expectativa só aumentava, ela sabia que o veria e esperava por isso...
Foi inevitável, lá estava ele, com aquele sorriso estúpidamente lindo que a fazia tremer. O cumprimento foi de longe, apenas um gesto ele fizera, e ela tímida retribuiu. Passou-se uma, duas, cinco horas. era madrugada, quando uma mão fria toca-lhe o ombro, coração novamente na boca, ela vira-se, e não vê mais nada, viaja, flutua, no mais doce, no mais caloroso, mais intenso beijo de sua vida. Acabou, a fantasia foi realizada garota teimosa, provou do mel daquele garoto, e agora tem que deixá-lo lá como se nada tivesse acontecido.

... vai falar isso pro coração dela.

Dois dias se passaram, e o telefone toca, uma voz linda, envolvente pergunta se ela ainda lembra-se dele, ela já não tinha mais dúvidas, era ele, e a queria.
O segundo encontro foi mais mágico que o primeiro, e essa magia só aumentou nos inúmeros que se seguiram.
Hoje ela já não se imagina sem ele por perto, é como se fosse uma droga, é como se parte dela estivesse com ele, deixando-a incompleta quando ele não está.
Talvez seja amor, ou apenas uma doce e deliciosa ilusão... a qual ela quer saborear pro resto da vida.

Luanne Queiroz.

1 de jun. de 2010

Escrever.

Escrevo porque gosto, porque preciso.
Escrevo por amor, por ódio.
Escrevo porque sou feliz, mas também por ser triste.
Escrevo pra não mentir, não sumir, não chorar.
Escrevo pelo prazer, pela motivação, ou por vocação talvez.
Escrevo pra não gritar, ou me entregar... ou me matar quem sabe.
Escrevo o que não posso, não sei dizer. Escrevo pra chegar ao céu, e também ao inferno.
Escrevo pra flutuar, me libertar, me entender, me satisfazer.
Escrevo o que sou, ou então o que quero ser... isso só depende de mim, e de mais ninguém.

Luanne Queiroz.