Preciso.

Preciso de todos os seus sorrisos, que sempre chegam na hora certa.
Preciso de todos os seus olhares, dos que me confortam, até aos que me chamam, me envolvem.
Preciso dos seus braços protetores, e também dos teus abraços enlouquecedores.
Preciso dos teus lábios, e do teu hálito quente.
Preciso da saudade que sinto.
Preciso do alívio que me dá, quando o tenho em meus braços, e do desespero que me dói o peito, quando já não o tenho ao meu alcance.
Preciso de você, pra me fortalecer, me fazer viver, me fazer feliz!
...

Escritora sem livro, poeta sem poema, pintora sem quadro. Menina mulher, que tenta encontrar nas palavras motivos para viver, e solução para essa angústia, que dói, que não tem fim...e nem explicação.


Precisava postar hoje, minha alma estava gritando. Esse trecho de um texto meu, foi feito a um tempo atrás, mas é o que chega mais perto do que estou sentindo nesse momento.

Aquele abraço pra quem fica meu irmão....Grande Cássia .

Só amar.

Venho tentando me dedicar a outra coisa... ao meu violão, e até mesmo a escrever.
Até me dedico, mas quer saber, não como a você. As vezes comparo com uma droga, um tipo forte que consome todo o meu ser.
Esse amor me fortalece, esse amor me leva a todos os meus extremos, se te amo, amo demais, río demais, fico feliz demais... mas se te odeio, odeio com todas as minhas forças, o desespero me toma por inteira. choro com raiva raiva de você, e as vezes com medo de te perder.
Eu sempre tive relacionamentos saudáveis, na medida do possível. Mas esse não, é como se eu precisasse de você, é como se você me pertencesse, só a mim e a mais ninguém. Não queria que fosse assim, sempre falei de amores doentios com um certa repulsa, e hoje, hoje me vejo amando exageradamente, diria que vivendo a vida de outra pessoa, e as vezes esquecendo da minha.
Não pode ser assim.
Quero te amar, mas só amar, sem necessidades, sem ter que te precisar. Só amar, isso basta.

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice Lispector.

Black light.

Tirou sua garrafa de whisky do armário, junto com o seu maço de cigarro, e o seu violão.
É, saíu sozinha, e para ficar sozinha...as vezes prefere assim, solidão é necessário quase sempre.
Saíu pra escrever, pra beber, pra não enlouquecer.
Saíu pra fazer som, pra libertar o seu dom.
Saíu para ver as estrelas, e todos os cachorros, bêbados e drogados que a olhavam de longe nos bancos da praça sombria.
Saíu pra pensar, pra cantar e deixar pra trás pelo menos por um minuto todos os seus problemas.
Saíu pra esquecer, e pra tentar entender tudo, inclusive a ela mesma.
Saíu pra tentar ser feliz, sem mentiras, só com verdades. Com as suas verdades.

Fim de jogo.

Cansei de escrever romance, falar de amor, de magia.Quero escrever sobre e para a desgraça da vida, quero escrever sobre os corruptos, sobre os pedófilos.
Quero poder escrever o que não posso gritar aos quatro cantos. Quero escrever sobre o que me faz mal, o que me indigna.
Quero escrever sobre o sangue que derrama toda vez que alguém é morto por um delinquente que gostou do seu celular. Sobre os católicos que não passam de uma farsa e só vão a igreja para se redimir ( ou pelo menos tentarem ) do que fazem fora dela.
Dos abortos que ainda existem, e que matam milhares de crianças, que não têm culpa da irresponsabilidade dos seus pais.
Dos hipócritas, que fingem, e não mostram o que realmente são...
Da falta de personalidade, do medo de mostrar a sua cara.
Dos que reclamam da vida, dos que inventam problemas.
Dos que não se permitem.
De tudo de ruim que a vida pode oferecer, e que eu posso transformar em palavras.
De tudo que há de mais errado, de mais nojento, de mais fantástico que se possa imaginar.

Texto escrito a um tempo atrás...numa fase difícil da minha vida. Diria que a pior.